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O escritor, jornalista e influenciador gaúcho Eduardo Bueno, mais conhecido como Peninha, está no centro de uma forte polêmica após comentários virais envolvendo a morte do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk.
A controvérsia começou quando Bueno publicou um vídeo em que afirma: “é sempre terrível, né? Um ativista ser morto por suas ideias, exceto quando é o Charlie Kirk. Mataram o Charlie Kirk. Ai, coitado, tomou um tiro, não sei se na cara”. Ele também sugeriu, no mesmo vídeo, que a morte teria sido “boa para suas filhas”.
Consequências imediatas
Cancelamento de evento – A PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) cancelou uma palestra de Peninha, intitulada “Brasil: Pecado Capital”, que aconteceria no dia 14 de setembro em Porto Alegre. A instituição justificou que as declarações de Bueno são incompatíveis com o repúdio à morte, à vida e à dignidade humana.
Ação do Ministério Público Federal (MPF) – O deputado estadual Guto Zacarias (União-SP) protocolou uma representação no MPF contra Peninha. Na peça, ele acusa o escritor de apologia ao crime ou incitação, com base nos artigos 286 e 287 do Código Penal, respectivamente: um para quem incita publicamente prática criminosa, o outro para quem faz apologia de algo já ocorrido.
Acionamento diplomático – Além disso, vereadores e deputados do Rio Grande do Sul encaminharam ofício ao Consulado dos Estados Unidos, citando as falas de Bueno e solicitando esclarecimentos, sob o argumento de que algumas declarações configuram ameaça ou incitação, com efeitos também internacionais.
Posicionamentos
A PUCRS declarou que repudia manifestações que vão contra a vida e a dignidade humana, mesmo reconhecendo o direito à liberdade de expressão, mas apontando que as falas de Peninha ultrapassaram determinados limites institucionais.
Do outro lado, Peninha se retratou por meio de redes sociais após a polêmica.